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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Fome ou vontade de comer?




Quem nunca passou o dia inteiro com uma sensação de estar com "fome de leão"? Se você passa por situações como essas com frequência e tem dificuldade em passar meia hora sem mastigar algum alimento, fique atento! Estes são os sinais de que seus hábitos podem prejudicar sua jornada rumo à perda de peso.


Você já deve ter ouvido falar que fome é diferente de vontade de comer, não é mesmo? E realmente, essas duas sensações são completamente distintas. Conhecer e saber identificar cada uma delas é essencial para se manter firme na dieta, ciente das necessidades do seu organismo e principalmente atingir a sua meta de peso.Identificar o sentido de fome pode parecer simples e fácil, afinal quando ela chega a única saída é comer. Mas um engano comum entre a maioria das pessoas é encarar também como fome, aquele desejo de consumir um ou mais alimentos no meio do dia, durante uma crise de ansiedade, estresse, depressão, ou aquela vontade quase que incontrolável de comer um doce ao passar em frente da confeitaria.


A fome é um sentido diretamente relacionado com as necessidades biológicas do organismo. Quando as reservas de nutrientes e energia estão escassas há uma sequência de efeitos no corpo com o intuito de mandar o "sinal" de que é preciso repor os nutrientes, ou seja, comer.


Os sinais de que o que está sentindo é fome são na maioria físicos e fáceis de serem identificados, podendo variar de uma pessoa para outra. Entre os mais comuns exemplos destes sinais estão desconfortos ou até mesmo dores no estômago, sons semelhantes a roncos ocasionados por contrações musculares no estômago e ainda, quando a fome é excessiva, tontura, fraqueza e dores de cabeça podem também ocorrer.


Para saciar esses sentidos geralmente consumimos qualquer alimento de nossa preferência, com o principal objetivo de repor o suprimento de energia e nutrientes do organismo. Após o consumo dos primeiros alimentos da refeição esses sinais cessam e a saciedade é promovida.


A vontade de comer, também chamada como "fome emocional", por sua vez é uma sensação não relacionada às necessidades biológicas do organismo, e que na maioria das vezes esta associada a características emocionais e psicológicas. Frequentemente a vontade de comer se manifesta como o desejo de consumir um alimento ou tipo de alimento em especifico, como chocolate, batata frita, massas ou doces no geral.


Essa vontade não necessariamente apresenta sinais físicos e o desejo pelo alimento se torna facilmente o principal foco de seus pensamentos durante todo dia. Nenhum outro alimento é capaz de satisfazer a vontade e proporcionar a sensação de prazer e conforto, somente o alimento desejado, bem diferente do que ocorre com a fome em que qualquer alimento quando consumido já proporciona o conforto e a saciedade.


Não é preciso encarar a fome como algo ruim ou mesmo ignora-la, afinal é uma necessidade do seu corpo que veio a tona, por isso quando a fome chegar realize sua refeição. Monte uma refeição variada, saudável, colorida e saborosa, mastigue bem os alimentos com calma, descanse o garfo no prato entre uma garfada e outra, desfrute o sabor de cada alimento e, sobretudo, fique atento a como o seu corpo responde à refeição. Não é preciso parar de comer somente quando se sentir estufado.


Por outro lado quando a vontade de comer um chocolate não sair da sua cabeça, o melhor é buscar alternativas que desviem a sua atenção, tirando o foco do alimento. Se a vontade de comer persiste mesmo após o consumo do alimento, busque atividades que te distraiam. Leia um livro, assista um bom filme, ouça músicas, limpe a caixa de e-mails, arrume o guarda-roupa, ou mesmo pratique uma atividade física.


Não use os alimentos somente como estratégia de proporcionar prazer e satisfação, em especial quando houver problemas emocionais. Lembre que todos nós passamos por momentos de ansiedade, frustrações e tristezas em nosso dia a dia, usar os alimentos como remédio para nossos problemas não é a forma de por fim a esses sentimentos.


Procure identificar o motivo que desencadeou a vontade de comer, desta forma fica mais fácil encontrar alternativas para evitá-lo, diminuindo o risco de ceder à vontade, cometer um excesso alimentar e assim correr o risco de por tudo a perder.


Tão importante quanto saber identificar essas duas sensações é saber como agir quando cada uma delas chegar, para isso é importante entender o que ocorre em seu corpo e saber interpretar cada sensação. Desta forma você conseguirá nutrir seu corpo, atender suas necessidades e não apenas proporcionar conforto e alivio a situações de estresse.


Ana Carolina Icó
Nutricionista Dieta e Saúde
CRN3 34133

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